
no ventre os traços tecem horas somadas
árvores crescem no fulcro
e erguem-se sonhos que descem
como purificados entre silêncios de amor
a vida alenta o coração
é a chegada da Primavera
os gestos permanecem preguiçosos.
delineadas abre-se o baú de palavras
e a melodia é poesia, solfeja das cordas da guitarra.
separa-se o rosto do olhar refulgente,
perturbado fica preso, ao ponto ilusório
chega veemente a pausa sem tempo!
a paixão embarca sem medo…
o dia começa hoje
é Primavera!
helena maltez